Abriu os olhos e viu pelo reflexo na janela que ainda estava escuro, mas já ouvia conversas vinda da pequena varanda. Estendeu o braço até o criado mudo ao lado da cama, pegou o celular e olhou as horas, ainda eram 04:50 da manhã, pelo jeito o pessoal não tinha perdido o costume de levantar de madrugada. Keli estava tão acostumada com o ritmo frenético da cidade que esquecera dos costumes dali, quando pegou alguns dias de férias a primeira coisa que fez foi viajar para o sítio dos seus pais para matar a saudade imensa. Agora estava ali deitada relembrando toda história que passara naquele lugar e decidiu levantar para participar do bate papo matinal. Quando chegou na varanda recebeu um belo “bom dia” de todos e reparou que a mesa estava farta de gostosuras caseiras, já começou achar uma boa idéia acordar de madrugada. Apesar desse alegre bate papo ocorrer todo dia, nunca acabavam os assuntos e depois de uma boa conversa todos começaram a sair e preparar para começar os trabalhos diários. Keli ajudou a mãe a tirar a mesa, ajudou com as louças, depois encontrou um álbum e ficou olhando algumas fotografias antigas. Ouviu um barulho e foi ver quem estava chegando, logo lembrou que havia combinado com sua prima Claudinha pra um passeio a cavalo e ela chegou com tudo pronto pra cavalgar.
– Garanto que você tinha esquecido do passeio – disse Claudinha.
– Que nada, estava só te esperando pra ver se ia cumprir com a palavra – inventou Keli, sorrindo.
– Sei – disse Claudinha, entregando o outro cavalo à Keli.
Keli montou na sela meio desajeitada, precisava se acostumar de novo com aquilo e começaram a cavalgar. Visitou velhos conhecidos, o local que servia para comemoração de festas feitas pela comunidade, o riacho onde já havia banhado e brincado muito, o velho e grande pé de árvore com aquela antiga casinha em cima que o pai havia feito pra elas e ficou maravilhada como tudo estava tão conservado. Claudinha apressou Keli, pois estava na hora do almoço e este era pontual, quando chegaram tudo já estava pronto e o pessoal estavam chegando, até parecia que tinha tocado um sinal pro almoço. Dificilmente alguém almoçava separado e era outra festa, todo mundo alegre e na mesa mais gostosuras regionais, Keli começou a ver que iria voltar com uns quilinhos extras. Depois do almoço ela deitou um pouco, quando acordou percebeu uma movimentação na casa, estavam fazendo preparativos pra uma festa.
– Claudinha o que é isso? É festa pra mim? – perguntou Keli, com um tom sarcástico.
– Essa ainda não – disse Claudinha, sorrindo – é festa de aniversário do Flávio, o filho do vizinho da esquerda.
E Keli ficou muito animada, como sempre em qualquer festa reunia todo o pessoal da comunidade e na certa ia ter muitas brincadeiras. Ajudou mais um pouco no que sabia fazer, depois afastou-se foi até umas arquibancadas improvisada de um campinho de futebol do sítio e sentou, ficou ali contemplando aquele lindo pôr-do-sol e imaginado como aquele lugar era simples e as pessoas pareciam ter a fonte da felicidade ao contrário dos lugares requintados e “frios” que costumava frequentar no dia-a-dia. Simplicidade e muita alegria foi o que ela sentiu nesses ótimos dias de férias.
Cara,em off,sou uma baita atriz.Chorei igual a um bezerro desmamado.Disse que a minha mãe estava passando mal e precisava da minha presença,já que ela tinha 80 anos e não tinha ninguém pra socorrer e etc.O Frankstein era idoso e ficou tão condoido que chorou comigo enquanto devolvia o meu dinheiro.Rssss.Sai dali achando que merecia o Oscar.Obrigada pelo comentário.Seu blog continua lindo.
Um bju
By: Eliane on janeiro 21, 2009
at 11:28 am
oi VIAJANTE,seu blog está lindo como sempre,me senti a própria Kelly,q gostoso curtir a familia,num clima assim,eu viajei bastante nesse mes,fui a varios lugares do paraná,campos gerais,capital,estrada da graciosa,litoral,vi muitas coisas maravilhosas e fikei em paz, mas aqui em casa,o clima nao está muito bom,mas é assim mesmo,é só ficar quieta em certas horas,q td melhora…
abçao e ótima semana pra vc!!!
By: ELANE REBELLO OLIVEIRA on janeiro 21, 2009
at 12:55 pm
Olá!
Obrigada pelas visitas constantes lá em casa. Enquanto estava lendo o seu post fiquei me lembrando da época em que ia para o sítio dos meus avós. O próprio passar das horas eh diferente nesses locais. O jeito como os vizinhos se tratam… é tudo diferente. O por do sol, tudo ao redor inspira um certo relaxamento que não achamos todos os dias. Confesso que sou urbana e não me vejo morando num lugar assim… mas quando me deparo com essa sensação acabo me perguntando: “como pude me deixar estragar desse jeito?” rsrsr
bom fim de semana pra ti
By: Eliana on janeiro 22, 2009
at 12:44 pm
Oi Viajante, muito obrigada pelos votos de Feliz Aniversário =)
Muito legal a historia da Keli de hoje.
A simplicidade consegue nos proporcionar grandes alegrias, e eu aposto que as comidas caseiras, feitas com todo carinho, são mil vezes mais gostosas que as comidas de restaurantes caros, rs. E o mais importante é a simplicidade das pessoas, aquelas que nos acolhem e nos ajudam com o pouco que tem, com todo sua simplicidade.
Beijão!
By: Juliana Pires on janeiro 23, 2009
at 10:34 am
Oi…
Realmente, sumi demais… mais que vc… risos
Tudo bem?
Vim matar as saudades e dizer que estou de volta!
Beijo Karinhoso,
Ká
By: Karine Leão on janeiro 30, 2009
at 4:16 pm
Lindo e delicioso como sempre. Cada leitura aqui é assim – uma viagem pela imensidão!
=*
By: Layz Costa on janeiro 31, 2009
at 12:02 am
HUm… que saudades. Deviamos todos tirar férias… de vez enquanto…
***Azuis
By: AlmaAzul on fevereiro 3, 2009
at 2:56 pm
Me dá férias assim de presente?
Precisando.
By: Ana on fevereiro 24, 2009
at 10:19 pm