Keli acordou apressada e ainda muito sonolenta, ligou a tv e foi para o chuveiro. Somente quando estava no banho é que se lembrou que era domingo e não precisaria ir para o trabalho, se tivesse percebido um pouquinho antes não teria nem sequer levantado da cama. Mas como já estava no banho resolveu que iria a igreja, a muito tempo que não ia a igreja, talvez fosse até bom ela ter acordado logo cedo em pleno domingo. Vestiu aquele vestido que a muito tempo não saia do armário, mas que tinha ganhado de aniversário de sua querida irmã. Olhou no relógio era 06:50, ainda tinha um tempinho e passou na panificadora do Seu Joel pra comer alguma coisinha, pois o que ela nunca ficava sem é o seu precioso café da manhã. Chegou na igreja ainda faltava alguns minutos para o inicio do serviço religioso, entrou meio estranha, sentou-se e sentiu como se todo mundo tivesse olhando pra ela, logo percebeu que era pura impressão e relaxou. Começou o serviço e logo teve a apresentação de um coral que cantou uma música muito bonita, nesse momento Keli sentiu uma grande sensação de paz que lhe faltava devido a grande correria do seu dia-a-dia. Ao observar melhor as pessoas presentes ela reparou que Paula estava sentada num banco da frente, era sua grande amiga de infância e que agora mal se cumprimentavam, não por estarem brigadas, era mais por falta de atenção que uma amizade exige. E ela pensou o quanto as pessoas se tornam frias e solitárias em busca de sucesso profissional e uma boa condição financeira, ela mesmo se tornara dependente desse sistema, vivia mais voltada para o trabalho que qualquer outra coisa. La na frente o dirigente estava dando um sermão sobre amar as coisas simples da vida, deixar de observar somente o óbvio e atentar para todas as maravilhas que cercam o nosso cotidiano , não passar pela vida no “piloto automático”, viver a vida com mais muito mais força vontade. Certamente o “piloto automático” a estava guiando a muito tempo, sua vida havia se transformado em uma rotina interminável. Decidiu que hoje falaria mais que um simples ‘oi’ para a Paula, iria por em prática o sermão desde já. Mais algumas músicas a qual Keli cantou com muito louvor e o serviço chegou ao fim. Em meio de tantas pessoas, ela só fixava os olhos em Paula, não sairia sem a tentativa de uma reaproximação, passou por entre algumas pessoa e logo estava frente a frente com Paula.
– Oi, como você está? – perguntou Keli
– Oi, que surpresa você por aqui. Estou bem e você? – disse Paula
E dessa vez rolou até beijinhos, iniciativa da Keli é claro, e o comentário “que surpresa você por aqui” foi ótimo, também não precisava esculachar né, mas tudo bem.
– Estou bem. Pois é, quem é vivo sempre aparece.- falou Keli
– Verdade – respondeu Paula
A conversa já tava caminhando pro lado chato, começando a ficar sem assunto. Keli teve a idéia e ousadia de convidar Paula pra almoçar no seu pequeno apartamento.
– Paula vamos almoçar lá em casa e aproveitar pra colocar a conversa em dia? – convidou Keli
Paula hesitou um pouco, mas por fim cedeu.
– Vamos sim – respondeu Paula
Desceram as duas rumo ao antigo edifício, aproveitaram para passar na mercearia e comprar alguma coisa pra complementar o “banquete”. Prepararam o almoço juntas, conversaram muito e descobriram que ainda tinham muita coisa em comum, riram e brincaram como crianças, assistiram filmes e até trocaram novos segredinhos. Quando Paula se foi, Keli ficou pensando o quanto tinha sido maravilhoso o seu dia, foi a igreja e ainda conseguiu conquistar novamente a amizade de Paula, a qual tiveram uma tarde cheia de brincadeiras e alegria. Resumindo o seu domingo não poderia ser melhor, nesse momento agradeceu a Deus por te-la despertado tão cedo em pleno dia de folga e disse a si mesma “os caminhos de Deus em nossas vidas é maravilhoso”.
* Keli é um personagem criado por Viajante da Imensidão, ao longo desse blog será apresentado contos com ela passando por diferentes situações do dia-a-dia.
Oi !!como sempre seu blog,me deixa tao bem, me faz refletir na vida,por coincidencia,tenho uma gde amiga de infancia, Paula, mora em outra cidade agora,mas era uma amizade linda, ma a vida, o piloto automático nos afastou..qm sabe um dia, nao nos encontremos por aí!!
tenha uma semana linda !!bjao
By: Lane on setembro 13, 2008
at 10:12 pm
Keli é o nome da minha irmã (rs) na verdade ela se chama Jaqueline mas, só a chamamos de Keli. Eu estou passando por uma situação parecida com a da tua personagem Keli. Faz um bom tempo que eu não vou à escola dominical mas, é porque no mesmo horario eu acompanho meu pai nas reuniões de alcoólicos anônimos. Estou pensando em fazer assim: Um domingo vou à igreja e o outro vou à reunião. Sinto falta da escola dominical, tenho que certeza que vou reencontrar muitas pessoas especiais, vou aprender muito. Não devemos jamais deixar Deus em segundo plano!
Beijinhos!
By: Juliana on setembro 14, 2008
at 7:10 pm
Estar de bem com a vida é tão simples né? Basta ter o coração aberto… Bjs
By: Fiel jardineira on setembro 15, 2008
at 8:10 pm
Tô sentindo que Keli terá uma vida relativamente diferente dos demais.
Corrija-me se eu tiver viajado na imensidão.
Boa terça;
By: Juliana on setembro 16, 2008
at 11:47 am
Belo conto… aguardo as novas aventuras de Keli.
Obrigada pelo lindo comentário que encheu meu coração de alegria!
Beijo Karinhoso!
Ká
By: Karine Leão on setembro 16, 2008
at 6:06 pm
Como essa tal de Keli é feliz! ^^
By: Autor on setembro 17, 2008
at 12:28 pm
Ainda bem que existem “Domingos” nas nossas vidas 🙂
By: AlmaAzul on setembro 19, 2008
at 8:59 pm
Muito legal este conto.Adorei!
By: Eliane on setembro 20, 2008
at 1:54 pm
Adorei o seu conto.Lindo
By: Eliane on setembro 20, 2008
at 1:55 pm
Muito obrigada pela visita.Adorei seu conto.Vc está me saindo um belo contista!Parabéns!
By: Eliane on outubro 7, 2008
at 6:41 pm